1 de mai. de 2005

Continuando

Imaculada comentando meu post anterior colocou que "Essa possibilidade ou ação (?) quebraria a essencia do blog porque poderia deixar em desvantagem os comentários ali postados à luz de um texto que viria a ser alterdo. Mas isso não significa que os autores de posts ou de comentários não tenham o direito de mudar de opinião ou de alterar o seu eixo de pensamento em cima de algo que escreveu há algum tempo. Mas essas colocações devem ser colocadas em novos posts. Nada impede que no post antigo seja acrescido a referência da data do post que trata do revés do pensamento."

Mudar de opinião ou alterar um pensamento com certeza é algo possível e pode significar aprofundamento, crescimento, amadurecimento, desencantamento, aprendizado. E a idéia de acrescer o fazer referência ao pensamento inicial é bem interessante. Mas o que me chama a atenção são as possibilidades de não só apagar algo como de inserir algo que não existia, como forjamento. Lembram do livro 1984!!! Com esse tipo de alteração, pode-se provar que tal coisa estava lá sendo que nunca esteve.

29 de abr. de 2005

Novamente questões

Uma das coisas que aprendi em relação aos blogs, pelo menos por quem me introduziu no assunto, é o quanto eles podem ser usados, enquanto públicos, para socializar, para partilhar conhecimentos, descobertas, questões. Abertos ao mundo, podemos receber contribuições e também contribuir. Os arquivos que nele permanecem, como registro, nos possibilitam acompanhar a história do blog, de seu crescimento, do aprofundamento de questões que por ele circulam, de sua forma. Do momento de reflexão em que se encontra, quem nele posta; ao que se destina. Os arquivos são sua memória.

O que aconteceria se os arquivos fossem alterados? E não falo de alterações de visual tipo cor, tamanho das letras, mas alterações de escritos. Alterações da memória do blog e portanto, da história. Por que será? Adulterar a realidade? Forjar uma realidade que não existiu? Fazer constar no passado algo que lá não estava, fazendo com que se acredite que estava? Que questões éticas se colocam aí?